
os sorrisos,
conversas,
os abraços e carinhos...
Uma raridade.
Sentados e imóveis a observar o lcd
sem dar conta que,
o apagão do amor,
da paixão,
do toque,
se volatiza a cada segundo....
Nisto,
no ecran,
surge uma cena em que duas pessoas se beijam com paixão,
tocam e fazem amor
nesse momento,
sinto uma vaga dentro de mim
algo que aquece como também aperta e corrói.
Tanta é a dôr,
que meus olhos refugiam-se para um quadro da parede.
Ignorando o aperto dorido e sufocante.
Tento imaginar uma imagem...
areia, mar, sons embalados de espuma salgada
fecho os olhos e tento respirar calmamente
devido à pulsação estar como um animal esfurecido.
Idealizo o meu refúgio,
onde desabafo o meu silêncio ao som do mar.
Onde passei horas a fixar o horizonte e cada pormenor da praia que me rodeia.
O Sol alaranjado,
ele quase que toca no horizonte.
O cheiro da maresia e os polvilhos de sal em meu rosto.
Naqueles segundos, tudo se tornava perfeito...
De volta a mim,
sentado na cadeira do sofá
uma quimera distância nos afasta
mas que tão afastados estamos,
apagados...
agarrados à rotina e monotonia
com receio de falar o que o coração sente
coração sequestrado
onde os olhos trazem à tona gotas polvilhadas daquele mar
onde se revolta,
se espalha

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